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Est​é​tica de Queda

by Séquito

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1.
Larga 04:02
Em quanto choro acaba o que era diversão Em quanta mágoa para o que era paixão Então, se já se foi, se já sumiu Por que cumprir a pena que alguém já cumpriu faz tempo Certo como o dia que não anda para trás Claro como o Sol que ainda se deixa ver Quando a escuridão se faz É largar de ser Quem falou sobre luto esqueceu de avisar Por certas coisas não se precisa passar Verá que já ruiu, já terminou Pagar a penitência que alguém já pagou há muito Certo como o dia que não anda para trás Claro como o Sol que ainda se deixa ver Quando a escuridão se faz É largar de ser tão você Simples como o rio, que não corre para outro lugar Livre como o vento, que somente sopra onde quer soprar Certo como o dia, que não anda para trás Claro como o Sol quando a escuridão se faz É largar de ser você
2.
Séquito 05:58
Houve um dia, eu quis uma coleção Parei o país sem a permissão De nenhum ator, de nenhuma atriz Liguei o motor, forcei a matriz Sem qualquer pudor, larguei direção Não senti nem dor, fui ao coração Me senti maior, fugi da raiz O que houve, então? Houve um perdedor. Hoje caminho entre os mortos e fantasmas E danço com espíritos meus Nunca houve um dia em que eu não tentasse Eu não saberia, nem que adivinhasse Como então fazer? Quanto arriscar? Comecei a ter que me desdobrar Hoje caminho entre os mortos e fantasmas E danço com espíritos meus Estamos sempre assim A representar Sempre a repetir O mesmo papel Como fez o primeiro Que um dia questionou E quis se libertar Dentro da previsão E trouxe um bando atrás Nunca mais parou Recebeu a cor Da culpa e da perdição Caindo do céu Pra dentro do chão Caindo do céu Pra dentro do chão Onde está o jardim Que um dia ouvi falar Será que passou e não vai Mais voltar Quando o filho pisou neste chão Não foi por mim Nem por você Provou ser por todos Sem exceção Não há um sequer Que não precise de perdão Não há um sequer Que não precise de perdão Houve um dia, eu quis uma coleção Parei o país sem a permissão De nenhum ator, de nenhuma atriz Liguei o motor, forcei a matriz Sem qualquer pudor, larguei direção Não senti nem dor, fui ao coração Me senti maior, fugi da raiz O que houve, então? Houve um perdedor. Hoje caminho entre os mortos e fantasmas E danço com espíritos meus Estamos sempre assim A representar Sempre a repetir O mesmo papel Como fez o primeiro Que um dia questionou E quis se libertar Dentro da previsão E trouxe um bando atrás Nunca mais parou Recebeu a cor Da culpa e da perdição Caindo do céu Pra dentro do chão Caindo do céu Pra dentro do chão
3.
Todo o tempo que tivemos Funcionou para nos conhecermos mais Eu me vejo no seu erro No que não aprendemos E te vejo sempre olhando para trás Espere-me no lado oeste Daquele paraíso que se nos abriu Livre da prisão agreste Lembra aquele dia em que você se viu? Toda vez que olho pra você, me sinto nu Sem asas Tento em vão tocar o coração que existe No interior da rocha Retornar não há quem possa Nos momentos de abismo E naqueles em que voávamos tão alto Não disséssemos uma palavra Por simples romantismo Caminhamos sempre lado a lado, a lado, a lado Espere-me no lado oeste Daquele paraíso que se nos abriu Livre da prisão agreste Lembra aquele dia em que você se viu? Toda vez que olho pra você, me sinto nu Sem asas Tento em vão tocar o coração que existe No interior da rocha Retornar não há quem possa As mãos vazias trazem as maiores respostas Toda vez que olho pra você, me sinto nu Sem asas Tento em vão tocar o coração que existe No interior da rocha Retornar não há quem possa As mãos vazias trazem as maiores respostas Você é parte de um mundo perfeito Que se fez a minha volta E quase todo dia eu sinto a sua falta A sua falta A sua
4.
Haverá um tempo em que já não fará Mais diferença ter razão ou não Entre nós, só valerá o que se sentir Pois cada um só vai olhar pra si Sem se importar quão fundo Mas não vai permanecer Não vai durar Pois haverá o momento Em que não sobrará ninguém mais Existirá lugar nos corações até demais Para guardar somente o que gostar E o que quiser deixar Entre nós, só contará o que interessar Servir a algum propósito Em benefício próprio Mas não vai permanecer Não vai durar Pois haverá o momento Em que não sobrará ninguém mais Mas não vai permanecer Não vai durar Pois haverá o momento Não, não vai permanecer Não vai durar Pois haverá o momento Em que não sobrará Em que não sobrará Em que não sobrará ninguém mais
5.
Sorriso Mudo 05:48
Sem perceber O grito sufocou E algo se perdeu No lastro das manhãs Um rasgo em cada mão Sem permissão, forçou A corda a se quebrar A nota não saiu Ficou pra necrosar Do mal que mora em nós Só o pouco pra gorar Dia após dia As peças enjambradas Mandrakeadas, travam Empenam o motor Psicossomam gastos Sem pressa pra voltar Vontade já não há Caminhos são notados Arreganhando os braços Se for pra me perder Não tente me encontrar Se for pra terminar Nem queira começar Se for pra me ferir Não venha me curar Por mais que eu possa ser Avesso a você “Por dentro estou feliz” Não é o que o rosto diz Do mal que mora em nós Só o pouco pra minar O campo todo Se for pra me perder Não tente me encontrar Se for pra terminar Nem queira começar Se for pra me ferir Não venha me curar
6.
Interlúdio 00:25
Instrumental
7.
Tombo 04:33
Pelo chão da casa Só os cacos ficarão De tudo que não posso mais dizer Toda mente é uma prisão Mas hoje não vai dar pra ser Amanhã, quem sabe até, talvez Cada vez é um passo Mas o que sinto não mudou É que o tombo ainda não acabou Você bem sabe, eu sou Um ser de som e sol O tempo não passou Só ficou pra depois Pelo chão da casa Só os cacos ficarão De tudo que não posso mais dizer Você bem sabe, eu sou Um ser de som e sol O tempo não passou Só ficou pra depois O tempo é um fingidor É só se ver maior Pois quase lacerou Meu coração em dois Você bem sabe, eu sou Um ser de som e O tempo não passou Só ficou pra depois O tempo é um fingidor É só se ver maior Pois quase lacerou Meu coração em dois Toda mente é uma prisão Mas hoje não vai dar pra ser Amanhã, quem sabe até, talvez
8.
Groenlândia 12:59
Capítulo I Burocratas de plantão Ativistas de sofá Deuses da informação Ratos da retórica Animais em procissão Magos da política Pobres em ostentação Monstros da estética Não finja ver o que não vê Não forje a dor que não sentir Não fuja de onde quer ficar Não fique se não quer estar Templos da consumação Anjos da perfídia Padres da depravação Demônios da mídia Não finja ver o que não vê Não forje a dor que não sentir Não fuja de onde quer ficar Não fique se não quer estar Capítulo II Houve um tempo que seu coração pulsava em paz As mudanças de entonação tinham graça Seu espírito trazia pouco com que se preocupar Nem as dores eram mais que pirraça Mas pra todos vem o dia de provar desse mel A memória se esvai se convém Basta oferecer mais de uma vez, e perde-se o pudor Estendendo a mão que dá algo em troca Quanto mais perto de alcançar Mais difícil evitar Cuidado com o que diz Não entende que afasta quanto mais prende Cuidado com quem você é Tão reconfortante, apontar até o outro se queimar Acertando as contas da Humanidade Eis que surge a vez em que não dá pra ser mais hipócrita A chama se apagou É tarde Quanto mais perto de alcançar Mais difícil evitar Cuidado com o que diz Não entende que afasta quanto mais prende Cuidado com quem você é Capítulo III Lembra de como era bom perder por tardes iguais Jogar o mundo no chão, tirar a sorte sem ter E como fazer pra calcular quanto de nós Depositamos sem ver tudo voltar Ninguém notou se formar um mundo falso e feliz De imaginários mortais e primaveras febris E como fazer pra compensar esse valor Na guerra ou na paz pelo que for Ser é uma ficção Um urdir Ser é enredar O existir Acreditamos viver uma só vida por vez Nos desdobramos em mais do que podemos cumprir Desenvolvemos cinismo, egoísmo e rancor Aprendemos a roubar, matar e até destruir E como tirar vantagem, como sair na frente Quem somos nós, enfim, para julgar Ser é uma ficção Um urdir Ser é enredar O existir Epílogo Eu vejo o Sol se por na contramão No contrapé do guardador do gol O arco-íris no final do pote contraposto Tangente ao ouro, o poste e o cachorro Eu vejo o peixe pescando o anzol A contragosto de seu pescador O contragolpe encontra o rosto A cara quebra a previsão Quebra o contrato em contraposição
9.
Deixei o sangue secar por mais de um mês E nunca iria parar Seu sol é forte, mas só pode queimar Um lado de cada vez Você é o sumo que corrompe meu ar E borboleta infantil Eu tô no lixo entre o café e o jantar Que você não engoliu Eu quero paz, mas eu não quero descanso Nem macular seu mundo de concreto e sal Correndo atrás do que eu não quero alcançar Entre um vagão e o outro existe um vão Inutilmente você insiste em zombar Da primavera febril Mas sabe bem como é difícil andar Com cacos de vidro nos pés Contra o bem e o mal Contra o quê, tanto faz No abstrato real Ninguém é triste ou feliz Pois não há como se estar Onde não se existe Na fila dos que não esperam nada Na fila dos desesperados No espaço entre as coisas No espaço Entre As coisas Entre no espaço entre as coisas Deixei o sangue secar por mais de um mês Um lado de cada vez Na fila dos que não esperam nada Na fila dos desesperados No espaço entre as coisas No espaço entre as coisas No espaço entre as coisas No espaço Entre As coisas Entre no espaço entre as coisas
10.
Siga-me até onde não der Tire-me de tudo que é ruim Meus passos levam onde eu quiser Livre-me de todos e de mim Eu não sei suportar Sei que posso, mas não quero usar Ensine-me a ter mais atenção E a descobrir o que há por trás do fim Quantas vezes tentei entender Mas ninguém nunca me deu razão Já não dá pra seguir Sem dizer o que for pra dizer Mesmo que incomode alguém Existem todos os motivos para ser E pra não deixar parar Estou no meu lugar Ninguém precisa me lembrar qual é Eu sou o que você quiser Você que não sabe o que quer Estou perdendo o meu chão E sigo pisando no ar E tudo isso é pra mostrar Que somos uma coisa só E você, sempre aí Me assistindo, me vendo cair Para me deixar viver Sem ninguém viver por mim Já não dá pra sair Sem dizer o que for pra dizer Mesmo que incomode alguém Existem todos os motivos para ser E pra não deixar parar Estou no meu lugar Ninguém precisa me lembrar qual é Eu sou o que você quiser Você que não sabe o que quer Estou perdendo o meu chão E sigo pisando no ar E tudo isso é pra mostrar Que somos uma coisa só Estou no meu lugar Ninguém precisa me lembrar qual é Eu sou o que você que não sabe o que quer Estou perdendo o meu chão E sigo pisando no ar E tudo isso é pra mostrar Que somos uma coisa só Uma coisa só Uma coisa só

about

1º álbum cheio do Séquito.

credits

released April 18, 2020

Carlos Vinicius Ribeiro - guitarra e voz
Bruno Hosp - baixo, teclado e backing vocals
Vander Nascimento - bateria

Gravado em dois finais de semana entre janeiro e fevereiro de 2020 por Lisciel Franco no estúdio ForestLAB, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Produzido por Silas Mendes, do Estúdio Zeus, em parceria com a banda.

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Séquito São Gonçalo, Brazil

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